De olho na longevidade, ciência aponta: a prática sexual pode te fazer viver mais

Vida longa ao sexo! Considerada um dos pilares da longevidade *(A), a sexualidade é estimulada pela ciência por conta dos benefícios físicos, químicos e emocionais.   

É uma atividade que ativa o metabolismo, diminui pela metade o risco de infarto do miocárdio, desperta a memória e a criatividade, além de melhorar a qualidade do sono. 

E a lista de benefícios não para por aí. O que leva a ginecologista e obstetra, Carla Delascio Lopes, a afirmar categoricamente: “não há nada de errado em sentir desejo”, independentemente da altura da vida em que ele surgir. 

Para além de eventuais tabus, a sexualidade na terceira idade é tema de saúde pública. Isso porque nem só de alegrias é feita a vida sexual – é preciso cuidado também.   

Segundo a especialista, cabe ao médico orientar o paciente sobre os riscos das doenças sexualmente transmissíveis e verificar detalhes importantes para a rotina sexual saudável, como o uso de medicamentos que podem influenciar o desempenho com a parceira, como antidepressivos e remédios para calvície.  

Felizes para sempre 


Das juras de amor ao pé do ouvido – e do altar – a alegria, pra balancear as tristezas, pode (e deve!) vir do sexo. 



É o que mostrou um estudo da Universidade de Toronto *(D), que constatou que transar – pelo menos – uma vez por semana garante um casamento mais feliz, com maior conexão entre o casal, aumentando a sensação de bem-estar a dois.  

A explicação, para a especialista, é simples. “A sexualidade é um comportamento que dura a vida inteira”, resume. 

Maturidade  

Enquanto a idade surge como um ponto a ser questionado, Carla defende outro ponto de vista, que aponta a bagagem adquirida ao longo da vida como um privilégio a usufruir. “A experiência pode tornar o ato ainda mais prazeroso”, defende a ginecologista. 

 

Uni-du-ni-tê 



Nem só de prazer se faz a relação sexual. O sexo traz, consigo, outros benefícios:  

  • melhora o condicionamento cardiovascular; 
  • reduz os níveis de pressão; 
  • ajuda na manutenção da massa magra; 
  • evita a sarcopenia;  
  • ativa o metabolismo; 
  • melhora a autoestima, o bem-estar, a qualidade do sono e promove relaxamento muscular e cerebral;  
  • promove maiores interações entre áreas do cérebro e pode estimular o hipocampo, responsável pela memória e emoções;
  • reduz o estresse. 



As semelhanças com os ganhos de uma ida à academia não se limitam aos tópicos acima. Aliás, o esforço dispensado numa relação sexual é equivalente a uma corrida na velocidade 7,5 na esteira. E, dependendo da intensidade da relação, é possível queimar de 100 a 300 calorias. 

 

Além do ganho para ambos os sexos, a vida sexual ativa traz vantagens específicas para homens e mulheres. 



Mulheres | “o ato sexual frequente ajuda a manter a tonicidade e a elasticidade, bem como a lubrificação vaginal, pois favorece a irrigação sanguínea da vagina, diminuindo os sintomas da atrofia urogenital – aquele ressecamento vaginal tão frequente dessa fase”, destaca Carla.  

Homens | estudos sugerem que quantidades acima de 20 ejaculações ao mês podem diminuir em 30% o risco de câncer de próstata.

Bom saber  


Manter a sexualidade ativa é sinônimo de saúde e de qualidade de vida. 

É preciso seguir atento aos cuidados com as DSTs e aos possíveis efeitos colaterais de medicamentos incorporados à rotina e que podem refletir no desempenho sexual.  

Mas, acima de tudo, é essencial deixar a vergonha de lado e encarar a prática como mais uma fonte de prazer e bem-estar “Espero que quando pensarem em sexualidade, pensem em qualidade de vida e longevidade”, conclui a ginecologista e obstetra,Carla Delascio Lopes.

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